O FASCINIO PELA AERONAUTCA SEMPRE ME ACOMPANHOU
Foi meu padrinho de batismo António Amaral Ferreira Afonso, tinha ele treze anos de idade e por esse motivo, representado por seu pai e sua mãe, Raul do Nascimento Afonso e sua cunhada Olimpia Pardal.
O meu padrinho ingressou na Força Aérea Portuguesa tendo falecido num acidente num treino de voo noturno no avião T33 com o numero 1906 que embateu no solo na serra de Alvaiázere cerca das 23horas do dia 16 de Agosto de 1960. Mesmo assim este triste acontecimento em nada veio alterar o meu gosto pelos aviões e Helicopteros. Em 1970 alistei-me na Força Aérea onde fiz o meu serviço militar durante alguns anos onde fiz formação em varias aeronaves. Servi Gloriosamente A Força Aérea mantendo até aos dias de hoje o gosto pela Aeronáutica, global.
Chegara-me às mãos uma pagina de um jornal datado de 20-05-de 1968 no qual consta um acidente havido ao largo de Sesimbra com um avião a jato T37 da base aérea de Sintra que desapareceu. Transcrevo texto à data publicado com o seguinte teor:
Recolhido ao ao largo de Sesimbra o capacete de um dos tripulantes do Avião « T 37»da Base aérea de Sintra que desapareceu.
Está, finalmente, determinado o local aproximado, onde o avião a jato «T37», da base Aérea de Sintra, se despenhou quando efetuava um voo de treino, tripulado pelo tenente Piloto Aviador Manuel Simão, que seguia acompanhado pelo Alferes- miliciano da Força aérea, Abílio Mendes Fernandes.
Como se calculava , o avião caiu no mar, não muito longe da costa e, como também se temia, perderam-se as esperanças de encontrar com vida os dois infortunados oficiais.
Ontem á Tarde, cerca das desseis e quarenta e cinco, a tres milhas a noroeste do Cabo Espichel, um pescador de Sesimbra recolheu no mar o capacete de um dos tripulantes do avião desaparecido, tudo indicando que seja o do Tenente Redondo. Não á porem, que se trata de um dos capacete utilizados pelos dois ocupantes no trágico voo.
Um oficial da Base Ara do Montijo deslocou-se á delegação marítima de sesimbrã, onde o pescador entregou o achado logo que chegou a terra e transportou-o para aquela unidade Militar.
Desta forma , dadas as dimensões reduzidas da área a percorrer , terminam as pesquisas por aviões continuando , no entanto, o navio patrulha. Brava» a efetuar buscas, numa tentativa para encontrar destroços do avião e recolher os corpos.
O capacete de fibra recolhido apresenta evidentes sinais de tremenda colisão, estando, em parte destruído
no lado esquerdo. A viseira foi arrancada e apenas tem o auscultador do lado direito , e no interior são bem visíveis alguns resíduos de nafta. Ontem, desde o nascer do sol , efetuaram-se pesquisas, sob a orientação do Tenente Coronel Milton Pereira comandante da Base Aérea do Montijo. O Capacete não dará por certo qualquer referencia sobre as origens o que só será possível quando forem encontrados os destroços.
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